quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Pra não dizer que não falei de flores!!!!!!!

Em 1935, nasce na Paraíba Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, ou simplesmente Geraldo Vandré. Aos 16 anos muda-se para o Rio de Janeiro com a família, onde conhece pessoas ligadas ao meio artístico, como o compositor Valdemar Henrique, Baden Powell e Luís Eça, e sempre interessado por música, tornando-se cada vez mais famoso no ambiente dos festivais.
No ano de 1968 a música "Pra Não Dizer que Não Falei de Flores" conquista o segundo lugar no festival da TV Globo, apesar de ser favorita do público, perdendo para "Sabiá" (Chico Buarque/ Tom Jobim). Concluiu a faculdade de Direito, ligando-se a movimentos estudantis de grande repercussão, no entanto, “pendurou” seu diploma em função da sua grande paixão pela música.
Com a promulgação do AI-5(Ato Institucional nº 05) e o acirramento da ditadura, foi exilado, e morou no Chile, França, Argélia, Alemanha, Áustria, Grécia e Bulgária nos 4(quatro) anos que ficou fora do Brasil. Vandré tornou-se uma espécie de "mito" da resistência à ditadura, por ter ficado sem fazer shows no Brasil desde 1968. Apresentou-se no Paraguai em 1982 e 1985, rompendo mais de uma década de silêncio.
Durante a década de 1960, delinearam-se na música popular brasileira três grandes tendências: a primeira era composta por artistas que herdaram a experiência da Bossa Nova (ou seus próprios representantes), e compunham uma música que possuía relações com o samba e o jazz (grupo no qual pode-se inserir a figura de Chico Buarque); um segundo grupo reunido sob o título "Canção de Protesto", que em geral estava pouco interessado em discutir a música propriamente dita mas fazer da canção um instrumento de crítica política e social (neste grupo destaca-se a figura de Geraldo Vandré
); e finalmente havia um terceiro grupo, especialmente dedicado a promover experimentações e inovações estéticas na música formado justamente pelos artistas tropicalistas.












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